Por: Evaldo Peclat Nascimento
A “pauta”, segundo o Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (SJPERJ), Mário Sousa, era mesmo “jogar conversa fora”, reencontrar antigos amigos/colegas de profissão e se confraternizar. E assim foi o Encontro de Jornalistas que o SJPERJ promoveu no último dia 29/03 no Restaurante Caneco Gelado do Mário, em Niterói. A confraternização, que reuniu cerca de 50 pessoas, ocorreu depois da reunião de serviço da diretoria, na Sociedade Fluminense de Fotografia. Onde foram discutidas e analisadas uma série de questões relativas à categoria. Mário Sousa gostou tanto do encontro que já está anunciando para breve outro nos mesmos moldes.
No encontro, entretanto, entre cervejas e drinques, pratos e petiscos à base de frutos do mar, os participantes reviveram antigas histórias de cumprimentos de verdadeiras pautas jornalísticas, casos pitorescos de colegas de redações e as memórias daqueles que já se foram. Ele serviu também para que amigos de redações que não se viam há anos e eventualmente já haviam perdido os respectivos telefones, por exemplo, renovassem os seus contatos.
O que foi feito com trocas de cartões e informações sobre os locais que trabalham ou o que estão fazendo atualmente. Alguns levaram inclusive exemplares de jornais nos quais ainda escrevem para deixarem com os colegas. Como foi o caso, é claro, desse cronista que vos escreve, que distribuiu edições do FOLHA DA TERRA.
Recordações também do tempo em que não haviam mídias sociais (nem fakenews). E o jornalismo era feito com jornalistas em redações de jornais impressos com todo o glamour, romantismo, boemia e “literatismo” que confundem o Jornalismo com a Literatura. Sentimos as faltas das presenças de antigos companheiros como Gentil Lima (o eterno poeta e declamador do grupo), Continentino Porto, Adilson Guimarães, Rujany Martins e Pinheiro Júnior. E de alguns diretores do sindicato que já se foram como Ernesto Vianna, Fernando Paulino, Sérgio Caldieri e Paulo Freitas, por exemplo. Bem como de outros amigos jornalistas e frequentadores de encontros daquela natureza também já falecidos a exemplo de Múcio Bezerra (O Globo) e Walmir Peixoto (O Fluminense).
Entre os presentes, Jourdan Amora (Presidente do Jornal “A Tribuna de Niterói”), Sílvio Lessa (Jornal Opção), Vinícius Martins, Paulo Roberto Araújo, Barcímio Amaral, Solange Duarte, Jorge Coutinho, Odimar Brito, Dulce Tupi, Edmilson, Elísio Falcato, Célio Junger, Renato Muniz, Serginho Total, Cristina Lopes, Jourdan Filho. Também o artista plástico Luiz Carlos de Carvalho, Marcia Miller, Adriana Flores e Silvana Machado.
E como não poderia deixar de ser o ditado “em casa de ferreiro, o espeto é de pau” tivemos alguma dificuldade em colocar todos reunidos para fazer a foto oficial do encontro no clique do fotógrafo Adhemir, antes que os participantes começassem a ir embora.
Relembramos, além disso, antigos carnavais vividos principalmente por jornalistas do extinto jornal O FLUMINENSE, entre eles esse cronista, que fundaram, em 1985, o bloco carnavalesco “Filhos da Pauta”. O qual, aliás, saiu com a antiga garra e garbo no Carnaval deste ano, comandado pelo jornalista/carnavalesco/compositor Sérgio Soares, tendo Renato Guima como presidente de honra e também fundador.
Nesses 40 anos de existência, o bloco teve o seu nome mudado para “2º Clichê” e, depois, “Pauta Quente” voltando ao nome original novamente. Prova de que os Filhos da Pauta jornalística de outrora continuam vivos e atuantes como sempre. Bons tempos que não voltam mais. Mas a “pauta” do encontro foi fielmente cumprida, sem que ninguém levasse “calças-arriadas”, “saia-justas” nem “furos”.
(Evaldo Peclat Nascimento é Jornalista, Professor, Poeta, Conselheiro do Conselho Municipal de Cultura de Silva Jardim e Delegado Regional da Região da Baixada Litorânea do SJPERJ)