O jornalista Pinheiro Júnior falou sobre sua história no Fórum da Memória do Jornalismo Fluminense e foi homenageado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro.

Seu riquíssimo e emocionante depoimento foi feito numa data pra lá de especial, dia 16 de Novembro (sábado), quando ele completou 90 anos, durante um café da manhã, em sua residência, em Niterói. Participaram, o presidente dom Sindicato, Mário Sousa, que presidiu o evento, com as presenças de Carlos Ruas e sua filha Cristina Ruas, a jornalista e diretora do Sindicato, Claudia Barcelos, a esposa de Pinheiro, Dalva, sua filha Aura e a neta Isabella.

Como um dos ícones do jornalismo fluminense, de Niterói e do Brasil, no alto de seus 90 anos, Pinheiro Júnior, que é também escritor, com vários livros publicados, mostrou quão marcante é seu trabalho até os dias atuais. Com uma história notória e riquíssima, o jornalista contou um pouco de sua vida profissional, marcada por momentos históricos, como quando a Redação do jornal Última Hora foi invadida por policiais na época da Ditadura, além das ameaças e prisões.

Pinheiro Junior recebe uma placa de honra ao mérito de Mário Sousa ao de Dalva e Claudia Barcellos

Foi lá no jornal Última Hora onde começou como Repórter, passando pela Diretoria, até ocupar o cargo, por muitos anos, de Diretor, sendo o principal profissional deste veículo, trabalhando diretamente com Samuel Wainer, o fundador deste importantíssimo veículo de mídia impressa do país.

Na narrativa cheia de detalhes, o Mestre do Jornalismo Brasileiro, Pinheiro Júnior mostrou porque é uma referência da área. Quando jovem apurou reportagens importantíssimas, inclusive sobre a Psiquiatra Nise da Silveira. Ele e sua veia jornalística, acontecem desde a época em que estava no então Grupo Escolar Nilo Peçanha, na Praça Zé Garoto, em São Gonçalo, onde já escrevia publicações que eram distribuídas em folhas mimeografadas, do que foi seu primeiro jornal “O Substantivo”, quando ele tinha apenas 10 anos.

Já no Ginasial, no Liceu Nilo Peçanha, em Niterói, fundou o jornal “O Aríade”, depois “Oásis” e ao final do Curso Secundário, fundou o “Flâmula”, este já impresso. Fez faculdade de Filosofia, fez o Curso de Comunicação da Faculdade Nacional de Filosofia, quando fundou o jornal “Reflexão”. Através do contato do Paulo Silveira começou no Última Hora, onde iniciou na Redação da Praça Onze, no Rio de Janeiro, com reportagens policiais. Participou de grandes eventos do país, dentre os quais não deixou de destacar seu trabalho como jornalista, na época da Ditadura Militar, quando até preso chegou ser.

A filha Áurea, Pinheiro Junior, a esposa Dalva e a neta Isabella

Pinheiro falou das várias passagens com reportagens realizadas ano Rio de Janeiro e por vários locais do país, numa época em que os deslocamentos das equipes de reportagens e a forma de distribuição do material jornalístico, eram bem difíceis.

Este depoimento contundente do jornalista Pinheiro Júnior, dado exclusivamente para o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, poderá ser lido num livro, cuja publicação está prevista para o próximo ano, sendo editado pela Niterói Livros.

 

Legenda imagem de capa: Carlos Ruas entrega o diploma a Pinheiro Junior, com as presenças de Mário Sousa, Dalva e Cláudia