O ex-reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e presidente benemérito da Pestalozzi de Niterói, José Raymundo Martins Romêo, faleceu aos 82 anos, na madrugada de ontem.

Romêo foi duas vezes Reitor da Universidade Federal Fluminense. Chegou a ocupar o cargo de secretário de Ciências e Tecnologia de Niterói, no último governo de Jorge Roberto Silveira.

Seguindo a tradição familiar de incentivo à formação em Engenharia, o niteroiense José Raymundo Martins Romêo titubeou quando teve que escolher entre a UFF e a UFRJ para cursar a graduação. Preferia a UFF, entretanto, atendeu ao pedido de seu pai que cursou a Escola Nacional de Engenharia da UFRJ e onde também estudara seu avô.
José Raymundo Martins Romêo

Ex-reitor em dois períodos políticos distintos – 1982 a 1986 e 1990 a 1994, o professor, antes diretor do Instituto de Física, em 1975, assumiu a gestão da UFF em meio ao regime militar e a redemocratização. No período em que esteve à frente da Universidade, deu ênfase à melhoria na qualidade do ensino, incentivando a pesquisa e promovendo um ambiente democrático dentro da instituição.

Romêo, em sua primeira gestão, trouxe a Orquestra Sinfônica Nacional com 90 músicos para a UFF. Nessa época surgiu também o Quarteto de Cordas e o Conjunto de Música Antiga. O então criado DDC (Departamento de Difusão Cultural) passou a ser um foco de atração para a cidade com muitas programações voltadas para a comunidade.

No segundo mandato, a ênfase maior da gestão de Martins Romêo foi a excelência na qualidade do ensino. Foram realizados concursos que abriram 324 vagas para professores adjuntos e assistentes e 116 para titular.

Em 2021, Martins Romêo foi empossado presidente benemérito da Associação Pestalozzi de Niterói, cargo que ocupava desde então. Na associação, ele assumiu a presidência após a então presidente Lizair Guarino se afastar por motivos de saúde. Ela convidou o então vice-presidente para assumir a gestão da instituição.