O prefeito de Niterói, Axel Grael, discutiu nesta sexta-feira (dia 11-11), durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP27), no Egito, iniciativas de resiliência e o crescimento inclusivo e sustentável na América Latina. Vice-presidente de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Frente Nacional de Prefeitos, entidade que reúne os 500 maiores municípios do País, Grael falou sobre os investimentos da Prefeitura de Niterói em contenções de encostas e no Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis (POP).
No “pavilhão das cidades” da COP27, a discussões frisaram que as cidades do sul global são as que mais sofrem os efeitos de grandes crises, como pandemias e desastres relacionados ao clima. Participaram das rodas de conversa representantes dos governos de Santa Catarina, São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Maricá e Porto Alegre. O prefeito Axel Grael apresentou iniciativas da Prefeitura de Niterói como projetos inovadores no contexto da resiliência climática.
“Desde 2013, investimos aproximadamente R$ 500 milhões em contenção de encostas. Nos próximos anos, serão mais R$ 300 milhões em obras que salvam vidas ao deixar a cidade mais preparada para enfrentar eventos climáticos extremos”, disse Grael.
O Parque Orla de Piratininga Alfredo Sirkis (POP), maior projeto em andamento no Brasil utilizando técnicas de Soluções baseadas na Natureza (SBN), também foi destaque. A Prefeitura de Niterói está investindo R$ 100 milhões no equipamento.
“O primeiro sistema de jardins filtrantes do Parque Orla já está em funcionamento. Além dele, outros dois sistemas estão previstos para filtrar as impurezas das águas pluviais e das três principais bacias hidrográficas que desaguam na Lagoa de Piratininga, devolvendo água de qualidade para o sistema lagunar. É uma solução inovadora, segura e eficiente. Antes mesmo de estar concluído, já é um projeto premiado internacionalmente e certamente será exemplo para outras cidades”, garantiu.
O secretário municipal do Clima, Luciano Paez, que acompanha Axel Grael no Egito, ressalta que a COP tem sido uma importante oportunidade de troca de experiências.
“As diversas cidades e estados aqui presentes estão se colocando preocupados, no entanto, também se mostram engajadas na agenda climática local. Niterói tem mostrado suas experiências pioneiras, se ratificando como referência nessa pauta”, disse.
Saiba mais sobre o Parque Orla – O Parque Orla Piratininga Alfredo Sirkis (POP) foi planejado para proteger e recuperar os ecossistemas da Lagoa de Piratininga e o seu entorno, recuperar a qualidade ambiental das águas, evitando a chegada de sedimentos e nutrientes, além de oferecer equipamentos de lazer, recreação, contemplação, cultura e educação ambiental. As obras do POP, que integram o Programa Região Oceânica Sustentável (PRO Sustentável), estão entrando na fase final. A previsão é de que sejam totalmente concluídas em maio do ano que vem.
Os jardins filtrantes estão sendo implantados como ações inovadoras na linha de soluções baseadas na natureza, adotadas em países que privilegiam a proteção ao meio ambiente. Essas estruturas, além de comporem paisagisticamente o ambiente, tratam as águas dos rios e de escoamento superficial antes de aportarem à Lagoa de Piratininga. As vegetações do tipo macrófitas fazem parte do projeto de engenharia para melhoria da qualidade da água. Serão 35 mil metros quadrados de jardins filtrantes.
O Parque terá uma área de 680 mil metros quadrados, incluindo as ilhas do Modesto, Pontal e do Tibau. Além dos jardins filtrantes, Parque Orla Piratininga Alfredo Sirkis terá quatro píeres de contemplação e seis de pesca, 10.6 km de ciclovia que se integrará ao Sistema Cicloviário da Região Oceânica, 17 áreas de lazer, 3 mirantes e um centro eco cultural voltado para educação ambiental. O POP foi recentemente premiado no LATAM Smart City Awards 2022, na categoria “Prêmio Desenvolvimento Urbano Sustentável e Mobilidade”. Também foi destaque no Fórum Latino-Americano de BiodiverCidades, ano passado.
Saiba mais sobre contenção de encostas – Niterói foi a cidade do Estado do Rio que mais fez obras de contenção de encostas nos últimos nove anos, com R$ 500 milhões em aproximadamente 130 intervenções em todas as regiões da cidade. Nos próximos 3 anos, serão mais R$300 milhões em contenções e drenagem. É o maior projeto de resiliência urbana em execução atualmente no Brasil.
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