A Zona Norte de Niterói terá seu primeiro Centro Cultural. A Prefeitura de Niterói conseguiu o direito de uso do espaço para a desapropriação do imóvel localizado na Alameda São Boaventura, após decisão judicial. A Secretaria Municipal das Culturas está organizando uma consulta pública para definir as atividades que serão desenvolvidas no local.
O prefeito de Niterói, Axel Grael, destaca que a decisão judicial foi uma vitória para a Prefeitura e para os moradores da Zona Norte da cidade.
“É uma grande conquista para a cidade, descentralizando o acesso aos espaços públicos e garantindo o direito à cultura para os moradores da região. A Zona Norte merece esse Centro Cultural, não há caminho para o desenvolvimento de uma sociedade que não passe pela preservação de sua história e valorização da cultura. Em Niterói, cada vez mais, a arte será um importante instrumento de inclusão social”, garante o prefeito.
Segundo o secretário das Culturas, Alexandre Santini, essa é uma grande vitória da cultura da cidade.
“Nós vamos fazer nossa parte daqui para frente, que é ouvir a população para entender as necessidades das pessoas acerca das atividades culturais para o espaço. De imediato, mesmo antes das obras previstas, pretendemos ativar o local com uma ocupação cultural junto com a comunidade, o bairro e o território da Zona Norte, no sentido de entender qual é o perfil, qual é a vocação que aquele equipamento cultural vai ter, de acordo com as características e a realidade daquela região da cidade. Então, é uma vitória muito importante e uma conquista da universalização do direito à cultura na cidade”, disse o secretário.
De acordo com a Secretaria das Culturas, Niterói possui concentração de instituições e equipamentos de cultura no eixo Centro – Zona Sul da cidade. O Centro Cultural da Zona Norte vai cumprir um papel fundamental de descentralizar os espaços, garantindo assim, o direito à cultura para todos, conforme previsto na Constituição Federal, em Tratados Internacionais e na Carta de Direitos Culturais de Niterói.
Com dois mil metros quadrados, a propriedade foi construída há mais de um século por um comerciante português – o registro do projeto no setor de Urbanismo do município foi feito há 110 anos – e sempre pertenceu à mesma família, de sobrenome Mattos. Os donos viveram no local até o início dos anos 1990.
Crédito fotográfico: Luciana Carneiro