A experiência de Niterói na implantação de trilhas foi destaque, no último fim de semana, durante o 1º Congresso Brasileiro de Trilhas, que aconteceu no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia (GO). Niterói, que contribuiu na organização do encontro, será a próxima cidade a sediar a segunda edição do evento, em 2023.
Durante o evento, que contou com a participação do prefeito Axel Grael, foram apresentadas as iniciativas realizadas em Niterói que contribuíram para tornar a cidade referência em avanços na integração das áreas protegidas do município e do seu sistema de trilhas ecológicas, bem como o progresso na transformação do ecoturismo local frente à retomada da economia pós-pandemia.
“O fato de termos mais da metade do território protegido é motivo de orgulho e é uma referência nesta agenda. Esse evento oferece a dimensão das estratégias de implantação de trilhas, fazendo com que cada iniciativa local ganhe escala e faça sentido em torno de uma estratégia maior. Isso fortalece a ação de todos para ampliar as políticas públicas voltadas para a valorização dos parques e conectividade entre os territórios protegidos”, afirmou Axel Grael.
O encontro reuniu representantes de diversos segmentos e gestores de trilhas em países da América do Norte, Central e do Sul. Na ocasião, foi assinada a Carta do Goyazes para consolidar as políticas públicas de implementação e gestão das trilhas de longo curso.
Para a gestora de lagunas de Niterói e uma das idealizadoras do Congresso de Trilhas, Amanda Jeuvax, esta é a materialização de um processo que vem sendo construído por diversos atores.
“Niterói se destacou como uma das organizadoras do evento nesta rica troca de experiências, aprendizado técnico e saídas de campo de gestores, voluntários e outros que atuam com gestão pública do uso público de Unidades de Conservação”, contou Amanda Jeuvax.
A assessora técnica da Secretaria de Meio Ambiente de Niterói, Maria Carolina Campos, enfatizou que o trabalho iniciado pela pasta, em 2018, consolidou o município como pioneiro na articulação da Rede Brasileira de Trilhas de Longo Curso e Conectividade, influenciando cidades vizinhas a aderirem à iniciativa.
“Esta iniciativa fomentou a mudança de paradigma nas unidades de conservação municipais e o desenvolvimento da economia local, no que tange o ecoturismo e a prestação de serviços”, destacou Maria Carolina Campos.
Já o gestor do Parnit, Alex Figueiredo, lembrou que durante um tempo poucas trilhas eram usadas em Niterói para o ecoturismo e para passeios, mas em 2016 começou um processo de “redescoberta” destes espaços, que culminou em um mosaico de trilhas em ampliação e em uma nova visão sobre os parques da cidade.
“Niterói é um município que criou a Rota Darwin, em 2018, uma incrível rede de trilhas para seus moradores e visitantes, e assume destaque na redescoberta de suas florestas e no ecoturismo”, disse.
Crédito fotográfico: Imagem divulgação