O gestor cultural, comunicador e escritor Alexandre Santini é o novo secretário das Culturas de Niterói. Santini, até então subsecretário das Culturas, assume o cargo de Leonardo Giordano, que retorna à Câmara dos Vereadores. Agora como titular da pasta, Santini dará sequência ao trabalho de Giordano, com foco no investimento na economia criativa, através de ações como os editais de fomento direto à produção cultural, e pela democratização da gestão pública.
O novo secretário enfatiza que sua gestão será de continuidade e de avanço, partindo das bases já estabelecidas, como a matriz conceitual “Cultura é um direito”, a democratização, a participação popular, a política de editais e a transparência.
“Sou oriundo dessa trajetória, completamente comprometido com essa agenda que a Secretaria das Culturas estabeleceu há pelo menos duas gestões, e vou dar continuidade a ela. A marca da estabilidade é muito importante para as políticas culturais”, afirma.
Santini destaca também que pretende recuperar a “cultura do encontro”. Ele comenta que depois de dois anos de pandemia, agora é o momento de as pessoas se reencontrarem, entre si e com a cidade.
“A Cultura é um direito, e é também um direito à cidade. A Cultura precisa de uma grande estratégia de retomada econômica, com atividades, eventos, tendo o Estado como indutor da vida cultural da cidade. Temos que potencializar a cultura e a reocupação dos espaços públicos. A Secretaria cumpriu um ciclo de mitigação dos efeitos da pandemia do setor, e agora é hora de induzir uma retomada do ponto de vista econômico”, pontua.
Ao deixar a Secretaria das Culturas, Leonardo Giordano se diz com a sensação de dever cumprido, feliz e realizado.
“Durante pouco mais de um ano na Secretaria, realizamos diversas ações, editais, atendimentos, vários projetos para garantir a cultura enquanto direito”, frisa. “O Santini, com o seu talento e a sua capacidade de trabalho, vai dar continuidade a tudo que foi construído e, com certeza, avançar ainda mais. Tem edital novo, revista e muita coisa bacana. Cultura é um direito!”, completa.
Perfil – Alexandre Santini é formado em Teoria do Teatro pela UNIRIO, com mestrado em Cultura e Territorialidades pela UFF. Foi diretor de Cidadania e Diversidade Cultural no Ministério da Cultura (2015/2016) e diretor do Teatro Popular Oscar Niemeyer (2017/2021). Santini é autor do livro “Cultura Viva Comunitária: Políticas Culturais no Brasil e na América Latina”. É também fundador e docente da Escola de Políticas Culturais. Contribuiu ativamente na formulação das Leis Cultura Viva e Aldir Blanc 1 e 2.
Na Subsecretaria das Culturas, foi responsável pela formulação da Carta de Direitos Culturais – iniciativa até então inédita no Brasil, que amplia e consolida os direitos culturais dos cidadãos – e pelo trabalho de cooperação junto a organismos internacionais como a Unesco e a Secretaria Geral Ibero-Americana.
Professor convidado em programas de pós-graduação da FLACSO (Argentina) e da Universidade Andina Simón Bolívar (Equador), participou, como palestrante, conferencista e artista, de encontros, seminários e congressos no Chile, México, Nicarágua, Costa Rica, Portugal, França, Holanda, Reino Unido, entre outros.