O Hospital Municipal Oceânico Gilson Cantarino deu mais um passo, nesta terça-feira (dia 8/3), Dia Internacional da Mulher, em direção à sua nova vocação: se transformar em um hospital geral. Foi realizada a primeira cirurgia oncológica de mama. A unidade, inaugurada pela Prefeitura de Niterói em 2019 para ser um centro exclusivo de atendimento à Covid-19, passa por um processo de transição para ser uma unidade com demanda referenciada por regulação. O centro cirúrgico começou a funcionar na última semana e, quando atingir sua capacidade máxima, a previsão é realizar 60 cirurgias de mama e colo de útero por mês.
O prefeito de Niterói, Axel Grael, esteve no hospital nesta terça-feira e falou sobre a importância da primeira cirurgia de câncer de mama da unidade ter sido realizada no Dia Internacional da Mulher.
“Este é um dia para celebrar as conquistas das mulheres e reafirmar a luta por direitos femininos, que é uma luta de todos nós, de toda a sociedade. Hoje também foi um dia de muita alegria e emoção por reforçar a homenagem ao Dr. Gilson Cantarino, que agora dá nome ao Hospital Oceânico, um marco na luta contra a Covid que ganha um novo sentido, realizando cirurgias, inclusive oncológicas”, disse o prefeito Axel Grael.
O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Oliveira, reforçou a homenagem ao médico Gilson Cantarino, que dá nome ao Hospital Oceânico.
“Hoje está sendo realizada a primeira cirurgia de câncer de colo de útero e de mama. Com isso, a gente vai caminhar para zerar a fila de niteroienses que esperam por esse procedimento e garantir a lei dos 60 dias. Além disso, também homenageamos o médico Gilson Cantarino com o nome deste hospital, o que é uma honra para Niterói. Gilson foi fundamental na construção do SUS nacional e do município, com sua atitude competente, comprometida, conciliadora e comprometida com os direitos do povo”, declarou.
De acordo com a Secretaria de Saúde, existem 40 mulheres na fila de espera para a realização destas duas cirurgias (câncer de colo do útero e mama). Com o início das cirurgias nesta terça, a expectativa é de que em um ano não existam mais pessoas aguardando em fila de espera.
“Quando estivermos operando com capacidade máxima, temos como meta realizar 60 cirurgias por mês nestas duas especialidades, somando-se a todas as cirurgias (gerais) chegaremos a 300 por mês. O hospital deixa de ser exclusivo de Covid-19 para se envolver com aquilo que a população ainda é carente”, explicou a diretora do hospital, Gisela Motta.
Sobre o Centro Cirúrgico – O centro cirúrgico conta com três salas independentes onde intervenções podem ser realizadas (inclusive simultaneamente, caso precise). Toda a estrutura de exames (laboratoriais e de imagens) que o Oceânico já dispunha está à disposição da equipe cirúrgica. Parte dos leitos da unidade foi separada e destinada para receber pacientes pré e pós operatórios.
Além disso, o hospital conta com consultórios exclusivos para pacientes que irão ser operados, onde todo o risco cirúrgico é realizado (inclusive com todos os exames pré-cirúrgicos sendo realizados na unidade).
Homenagem – Também na terça-feira (dia 8/3) a unidade de saúde recebeu uma placa em homenagem ao médico Gilson Cantarino, que dá nome ao hospital. Seu filho Gabriel Cantarino O’Dwyer agradeceu todas as mensagens e ações – oficiais e particulares – desde a morte de seu pai.
“Se em algum momento alguém tivesse me perguntado o que você gostaria de homenagear seu pai, eu jamais alcançaria a grandiosidade do que está acontecendo aqui. Eu não consigo imaginar uma forma mais significativa de homenagear meu pai do que dar o nome dele a um hospital da rede municipal de saúde. Eu e a família só temos a agradecer”.