O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro manifesta, publicamente, seu total repúdio às agressões sofridas pelo jornalista Luiz Antonio Mello por parte do major PM Climaco, Coordenador Geral do Segurança Presente Niterói. Luiz Antonio é um respeitado e destacado jornalista, atualmente, na função de Editor Senior do tradicional e conceituado diário de imprensa, o Jornal A Tribuna.
O major em suas agressões, via whatsapp, tenta desqualificar o jornalista por ter publicado o artigo “Segurança Presente desaparece em Icaraí no Carnaval” no jornal A Tribuna. Ainda que fosse apenas uma opinião do jornalista, tal publicação não dá ao major o direito de agredir verbalmente ao jornalista por qualquer aplicativo da Rede Social. Isto fere o princípio constitucional da liberdade de expressão e da liberdade de imprensa. A Constituição é clara ao vedar toda e qualquer censura de natureza política, ideológica ou artística às atividades jornalísticas.
No entanto, o artigo do jornalista Luiz Antonio Mello está mais do que embasado na ética do jornalismo e da informação pelas suas observações, apurações e reclamações de moradores recebidas pelo jornal.
A Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) publicou, recentemente, um relatório que denuncia o número elevado de violências contra jornalistas e contra os veículos de imprensa, desde agressões verbais, disseminação de fake news e a tentativa de desqualificar a imprensa no País.
Reafirmamos nosso repúdio à agressão sofrida pelo jornalista Luiz Antonio Mello e a qualquer tentativa de censura ou desqualificação da Imprensa.
O Sindicato também se manifesta pelo Estado de Direito Democrático para que o país não volte aos tempos sombrios da Ditadura. Neste sentido, o Sindicato acredita que a Corporação Militar do Estado do Rio de Janeiro que, há décadas, cumpre seu papel constitucional em defesa da população não seja confundida com declarações equivocadas contra jornalistas e a Imprensa em todos níveis do Estado.
Esta Nota de Repúdio está sendo encaminhada a Fenaj (Federação Nacional de Jornalistas, não qual o sindicato é filiado, e a ABI (Associação Brasileira de Imprensa), duas entidades representativas do País em defesa da liberdade da Imprensa e dos Jornalistas.