A pluralidade foi o foco central da edição do Diploma Heloneida Studart. Promovida pela Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), a cerimônia reconheceu a relevância do trabalho de 44 agentes e entidades culturais na premiação realizada na segunda-feira (dia 6/12), no plenário da Casa. A homenagem não acontecia desde 2019, por conta da pandemia de covid-19.
“Fomos às regiões ver e ouvir as demandas dos trabalhadores da Cultura e desde então pautamos o nosso trabalho com nosso Painel da Cultura. Vemos neste diploma, que abrange os anos 2020 e 2021, representantes de todas as regiões do estado, principalmente das periferias. Também temos muitos grupos de representação da nossa cultura popular, negra e indígena”, explicou o presidente da Comissão de Cultura, deputado Eliomar Coelho (PSol).
Ainda segundo Eliomar, a seleção dos projetos foi uma tarefa difícil. “Tivemos muitas dificuldades em fazer a seleção desses dois anos, uma vez que vimos artistas e agentes culturais se reinventaram e tomaram a frente nas ações de cidadania e solidariedade”, disse. Todos os vídeos dos projetos selecionados foram transmitidos ao longo do mês de novembro na programação da TV Alerj.
Para Thiago Mathias, um dos criadores do Festival de Cultura de Rua de Bangu, na Zona Oeste da cidade do Rio, o prêmio serve como combustível para a retomada das ocupações culturais. “Quando eu falo do Festival, eu falo de ocupação gratuita, democrática e principalmente afetiva dos espaços públicos. Essa pandemia serviu também para organizarmos a casa para melhorar e poder continuar firmes no propósito de ocupar as ruas e praças do subúrbio”, pontuou.
O vice-presidente da comissão, deputado Waldeck Carneiro (PT), destacou o Fundo Estadual de Cultura, que determina que 60% dos recursos públicos sejam distribuídos para programas desenvolvidos fora da capital fluminense. “Temos a preocupação de democratizar o acesso ao fundo público nas diferentes regiões, de maneira que a gente reconheça que no universo da Cultura tudo é central. É preciso que a política pública tenha essa visão e esse exercício na execução do orçamento público”, ressaltou. Também compuseram a mesa os deputados Carlos Minc (PSB) e Luiz Paulo (Cidadania), ambos membros efetivos do colegiado.