Baixos e guitarras afinados, agora é só ligar o amplificador. O Niterói Blues & Jazz Festival vai, finalmente, matar a saudade dos fãs sedentos por ouvir as notas de improviso que caracterizam esses dois estilos musicais, nascidos nas comunidades negras do Sul dos Estados Unidos no início do século XX. Os shows ocorrem no sábado ( dia 20/11), no domingo (dia  21/11) e na segunda-feira (dia 22/11), data em que a cidade completa 448 anos. As apresentações ocuparão duas das melhores casas de espetáculo de Niterói: o Theatro Municipal, com shows iniciando às 19h, e a Sala Nelson Pereira dos Santos, sempre às 21h30 min.

No primeiro dia do Festival, o Theatro Municipal recebe o cantor e pianista Márvio Ciribelli, que tem 18 discos gravados e uma sólida carreira com influência direta da fase de ebulição da Bossa Nova e do Samba-Jazz. Ciribelli, segue a trilha aberta por nomes como Luiz Eça (Tamba Trio) e Antônio Adolfo (Trio 3D). O músico não é novato em grandes eventos. Ele já tocou em várias edições do Montreux Jazz Festival, um dos mais importantes do mundo e participou, em 2019, do Festival Jazz Plaza, em Havana, Cuba.

Mas o som não para no piano. O Municipal recebe no mesmo dia, sábado  (dia 20/11), a primeira atração internacional do Festival, o americano Roosevelt Collier, um virtuoso do lap steel, um instrumento popularmente conhecido como guitarra havaiana. O músico, que tem parcerias com Andy Hall (outro especialista no instrumento) e Michael League (do Snarky Puppy). Natural da Florida, o norte-americano passou a infância em um projeto habitacional financiado pelo Governo e teve como “background musical” o Gospel, o Blues, Funk e também Hip-Hop.

Já na Sala Nelson Pereira dos Santos, também no dia 20/11,  às 21h30 min, haverá a apresentação da cantora cearense Nanda Moura, uma das grandes revelações do Blues nacional. Oriunda de uma família de músicos, começou profissionalmente aos 9 anos de idade, em sua cidade natal, Limoeiro do Norte, Ceará. Em 2014, já radicada no Rio de Janeiro, aprofundou-se no estilo musical de sua preferência, o Blues tradicional. Nanda é uma estudiosa do Blues das décadas de 1920 e 30, e apaixonada pelas antigas divas, como Bessie Smith, Memphis Minnie, e Ma Rainey.

No mesmo palco, a seguir, sobe o cantor e gaitista americano, Keith Dunn. Em sua primeira visita ao Brasil, ele será acompanhado pelos irmãos guitarristas, Nicolas e Danilo Simi (The Simi Brothers), banda a qual Dunn não dispensou elogios. No início de carreira, em Boston, Dunn tocou com lendas do Blues tais como: Muddy Waters, Howlin ‘Wolf, James Cotton, Big Walter Horton, Otis Rush, Big Joe Turner, Etta James, entre outros.

No dia 21/11, domingo, às 19h, Keith Dunn & The Simi Brothers retornam ao Festival, dessa vez no Theatro Municipal, que também terá a apresentação do grande guitarrista niteroiense Paulinho Guitarra, referência no instrumento em todo país. Ainda nesta data, às 21h30min, a cantora e atriz Taryn levará à Sala Nelson Pereira dos Santos uma performance vocal vigorosa influenciada pelas grandes cantoras do jazz e blues. O norte-americano Roosevelt Collier, fecha a noite, na Sala Nelson.

O último dia do Niterói Blues & Jazz Festival, segunda (22), aniversário da cidade, terá Gui Schwab – cantor, compositor, multi-instrumentista, arranjador e produtor musical – abrindo o show para o saxofonista americano Chris Potter e o mestre do bandolim, Hamilton de Holanda, no Theatro Municipal de Niterói, às 19h. Já às 21h30min, na Sala Nelson Pereira dos Santos, o grupo Soulshine Jam Band, seguido de Azymuth feat DJ Nuts, fecham o Festival.

 

Protocolos – As apresentações serão realizadas sob vigência do novo protocolo de saúde da cidade de Niterói. Seguindo todas as medidas de segurança sanitária, como a obrigatoriedade do uso de máscaras. De acordo com o Decreto Municipal 14.142/ 2021, é necessário apresentar o comprovante de vacinação em dia, no formato impresso ou digital, acompanhado de um documento com foto.