A Prefeitura de Niterói avançou na licitação das obras de urbanização, drenagem e pavimentação do Engenho do Mato e do Jardim Imbuí, bairros da Região Oceânica da cidade. Empresas do setor manifestaram, na semana passada, interesse em desenvolver os projetos que, juntos, vão investir quase R$ 229 milhões na região. Enquanto isso, seguem as obras em Serra Grande, Maravista, Santo Antônio e Maralegre, em um total de 108 ruas.
Na terça-feira (09), dez empresas manifestaram interesse em participar da concorrência para realizar as obras no Engenho do Mato, que têm início previsto para o primeiro trimestre de 2022. De acordo com o presidente da Empresa Municipal de Moradia Urbanização e Saneamento (Emusa), Paulo César Carrera, o projeto contemplará ao todo 117 ruas e terá o maior investimento da Região Oceânica, em torno de R$ 216 milhões.
“São obras muito aguardadas pelos moradores da região, que já acompanham as intervenções de outros projetos em andamento: o de Serra Grande e Maravista, Santo Antônio e Maralegre. Neste momento, 54 ruas desses bairros já foram concluídas, incluindo drenagem e pavimentação, e os moradores ficam ansiosos para que chegue a vez da sua rua. Apesar do cenário de pandemia, que acabou dificultando o andamento das obras e atrasando o início de outras, estamos caminhando para atender toda esta demanda esquecida por décadas e levar mais infraestrutura a essas famílias”, destaca.
Na quarta-feira (10), quinze empresas manifestaram interesse em realizar as obras do Jardim Imbuí, que receberá intervenções em 17 ruas. O investimento será de R$12,9 milhões em aproximadamente 4,7 km de obras.
Os dois projetos fazem parte do Pacto de Retomada Econômica, lançado em outubro. O pacto vai injetar R$ 3 bilhões em investimentos em sete áreas diferentes da cidade, com geração de emprego e renda.
“Nestes últimos anos, a Região Oceânica vive um momento transformador com grandes investimentos em infraestrutura e mobilidade, como o Túnel Charitas-Cafubá, obras de drenagem e pavimentação em vários bairros que durante décadas viveram alagados. Temos o Cafubá, Fazendinha, Boa Vista já urbanizados, Santo Antônio, Maralegre, Maravista e Serra Grande em andamento. Agora chegou a vez do Engenho do Mato e do Imbuí. É, sem dúvidas, o maior programa de infraestrutura da história da Cidade”, defende o administrador da Secretaria Regional de Região Oceânica, Rubens Branquinho.
Obras em andamento na Região Oceânica
No Santo Antônio, mais de 75% das ruas do projeto já foram pavimentadas. Em Serra Grande e Maravista, 68 ruas passarão por intervenções, com 23 já pavimentadas.
“Podemos ver que mesmo com uma pandemia e com as adversidades que este período impôs, as obras estão acontecendo para melhorar a qualidade de vida dos moradores. As melhorias serão totais e os problemas com valas e buracos que assolam os moradores de Serra Grande serão resolvidos. É inegável que assim que concluídas, essas intervenções vão impactar positivamente o dia a dia de cada morador da região”, acredita Francisco Eugênio, de 48 anos, morador de Serra Grande.
No Maralegre, quatro das 14 vias inseridas no projeto já foram pavimentadas. O investimento no local é de R$ 11,5 milhões e o prazo de conclusão é para o primeiro semestre de 2022.
Obras concluídas
O Boa Vista, por sua vez, recebeu investimento de R$15 milhões em 13 vias urbanizadas e hoje é considerado um bairro modelo da Região Oceânica. Além de todo investimento, a obra trouxe outros benefícios além dos aparentes. Para o presidente da Associação de Moradores do Boa Vista, Ramon Oliveira, o destaque vai para a melhora na mobilidade urbana.
“As obras da região têm melhorado muito a qualidade de vida dos moradores, principalmente a questão da mobilidade, o ir e vir para outras regiões da cidade. Já usei as ciclovias para ir ao centro e tive boa experiência com a sinalização e pavimentação das vias”, enumera.
O Cafubá e a Fazendinha foram os primeiros bairros a receberem obras de urbanização. Somadas, 27 ruas foram contempladas e R$48 milhões investidos em infraestrutura.
“Nossa expectativa para essa obra era imensa, a região carecia desse cuidado, sofríamos muito com o acúmulo de água nas ruas, lama, buracos. Depois da obra tudo mudou. Hoje vejo crianças andando de bicicleta, skate, famílias com carrinhos de bebê. Levar os filhos à escola, ir ao trabalho, hoje tudo é mais fácil. Valorizou nossa região e melhorou a qualidade de vida de quem mora aqui”, conta Márcia Bezerra, de 44 anos, moradora da Fazendinha desde 2005.