Niterói e o  País  perderam Gilson Cantarino, um homem  digno, honrado,  que dedicou boa parte de sua vida, como médico, em defesa dos mais pobres, dos que mais precisam nas comunidades, dos que mais procuram  o SUS. Foram anos de doação e trabalho árduo na Prefeitura de Niterói como Secretário de Saúde.

Na grandeza de sua trajetória, foi Gilson quem implantou com Maria Célia o Médico de Família em Niterói. Um programa  de Saúde Comunitária, Familiar, que deu certo na cidade e virou referência para o Estado e para o País. Hoje, ampliado, consolidado e que faz parte de qualquer política pública de Saúde no País.

O gestor público, no entanto, está sujeito as artimanhas da politicagem, da estupidez humana e das ciladas e traições do poder público e político. Assim aconteceu com Gilson, que foi envolvido em processos que não teve culpa, que não se locupletou de nada, mas foi vítima da vil e perversas ações de “assessores confiáveis”.

No drama que vivia e que o afetou profundamente, uma pessoa bem próxima dele, procurou a governadora da época, detalhando tudo que aconteceu e a vida de Gilson e recebeu a seguinte resposta: Eu não tenho nada a vê com isso!

E ai me veio a lembrança do dia em que Gilson Cantarino, estava deixando a Secretaria de Saúde de  Niterói. O teatro Municipal  estava lotado. No palco, o prefeito Jorge Roberto Silveira e vários políticos.

Garotinho, que estava, presente, surpreende a todos com sua fala:

– Jorge, estou convidando Gilson para ser meu Secretário de Estado.

Gilson foi e depois ficou com mais uma governadora. Foi sua entrada para uma arapuca do inferno.

Acreditem, Gilson está no céu!